Esta poesia nos foi gentilmente envidada por Otelice Soares, filha do Sr. Laerte Oliveira Barreto - que participou efetivamente da história de Potiraguá, tanto
como político como comerciante, em vários setores, visto que foi dono de
cinema, padaria, armazém, laticínios etc. Otelice foi aluna das escolas Anísio Teixeira e Rui Barbosa, com certeza ela está na memória das muitas amigas que aqui deixou.
O RIO DA MINHA INFÂNCIA
Otelice Soares
O velho Córrego do Nado era o meu mundo mágico. Nele, mergulhei todos os meus sonhos de infância.
Pulava sobre as suas águas e ele me acolhia tranquilo, paciente. Suportava os meus gritos de criança e os violentos toques das minhas mãos, batendo sobre as suas águas.
Naqueles instantes, meu mundo se resumia naquele rio, com as suas margens altas, as lavadeiras, as mulheres que carregavam água, com latas sobre as cabeças e nos reclamavam por estarmos agitando as águas.
Amava aquele rio. O rio da minha infância que já não vejo mais.
Estará ele, ainda, lá?
Não sei. Mas, aqui fica a minha saudade e a minha homenagem ao rio que me viu nascer e me afagou, silenciosamente, em sua imensidão.
Obrigada pela homenagem, Antonio. Gostei.
ResponderExcluirQuando passar pelo saudoso Córrego do Nado, lembre-se de dizer-lhe da minha saudade e dê-lhe, por favor, o meu abraço.
Bj no coração.
Odelice, não a conheço mas fico honrado em saber que vc morou e que com saudosos comentários relata um pouco sobre o rio que também muito mim banhei mas que hoje o bicho homem trata de matá-lo sem dor e sem piedade. Fazendeiros os assoreiam e a Potiraguá que você morou compactua em siliosos esgotos e muito lixo, não sei se ele escuta mais. Mas tenha certeza que se meu amigo Antonio não for lhe desejar o abraço que madaste, eu mesmo irei fazer isso e dizer - " Rio que banhou por muitos anos a Otalice, viva por muitos anos para que tantas outras pessoas possam fazer o mesmo que ela fez e adorava fazer que era banhar em suas águas e saiba, ela não esqueceu de vc e lhe mandou um forte abraço. Saúde e paz para vc Otalice e que venha nos visitar mesmo que seja somente para abraçar o rio que vc conheceu e não é mais o mesmo... "Antes que ele morra".
ResponderExcluirDesculpe-me os equivocos onde ler "Odelice" ler-se Otelice,e o mesmo onde se ler "Otalice", ler-se Otelice. Mas uma vez desculpo-me ao mesmo tempo que me corrijo.
ResponderExcluirProfessor Robson, não sei se verá este meu comentário - espero que sim. Contudo,recebo com tristeza a notícia de que a insensatez humana assassina pouco a pouco o rio da minha infância. Espero ainda, um dia, poder revê-lo. Obrigada pelo seu comentário e um grande abraço.
ResponderExcluir